Agente quer dizer um ente que age. O agente moral é um ente que age em obediência ou desobediência a uma lei, regra ou padrão de conduta.
Um agente moral e livre é um ente que age com relação a uma lei, obedecendo ou desobedecendo, sem ser obrigado a agir desse modo e com pleno poder de escolher o curso diametralmente oposto daquele que determinou seguir.
A doutrina da livre agência, ou do livre-arbítrio, é a única que concorda com a responsabilidade. Para que um agente seja responsável por qualquer ato, é necessário que tenha o poder de cometer o ato ou produzir o estado contrário.
Com respeito à simples questão da agência humana, não há controversia alguma.
Não supomos que o homem seja absolutamente independente para agir. Nesse sentido, existe apenas um agente no universo: Deus. Só Ele possui o poder auto-existente e independente de agir, quer no mundo físico, quer no mundo moral. O homem e todos os mais entes criados herdaram do Criador o poder de agir, e são dependentes dEle no sentido de sua continuação.
Que o homem é também agente moral todos os que aceitam a revelação como verdade admitem. As ações dos homens têm referência a uma regra de bem e de mal. Ele é capaz de exercitar a virtude ou o vício, e é suscetível à censura ou ao louvor.
Os teólogos do livre-arbítrio, também chamados arminianos por causa do teólogo holandês Jacó Armínio (1560-1609), apresentaram uma teoria sobre a liberdade que julgamos mais harmoniosa com a razão e com o bom senso:
Por agente livre, os arminianos entendem um ente capaz de agir sem ser por necessidade nem obrigado a assim agir por alguma causa exterior – quem possui esse poder tem a própria liberdade.
Deus é um agente livre. Todos admitem que só Deus existe desde toda a eternidade. Visto que o universo foi produzido por um ato divino, quando ainda não existia, senão apenas Ele, segue-se necessáriamente que Deus agiu sem ser obrigado por qualquer causa exterior. Portanto, Ele é um agente livre no sentido exposto acima.
Dizer que qualquer coisa exceto Deus é eterna e existe sem ser causada, no próprio sentido da palavra é filosóficamente absurdo.
A vontade do ser humano, não sendo eterna deve ser o efeito de uma causa, ou seja, o resultado de um poder capaz de produzi-la. Dizer que é sem causa ou que causou a si mesma é um absurdo.
Não se pode negar que um agente pode agir sem ser eficazmente obrigado por alguma coisa exterior a si mesmo sem negar que deus teve poder para criar o universo.
A idéia que todo ato voluntário deve resultar necessariamente de uma causa exterior e eficaz não pode ser sustentada sem que se negue que Deus criou o universo do nada. Para exercer poder criador, Ele teve de querer agir desse modo. E, como nada então existia fora dEle, tal decisão não pode ter resultado de causa exterior.
A questão de suma importância no tema do livre-arbítrio é se o homem é capaz de autodeterminação ou se pode agir independentemente de Deus.
Se o homem tem o poder de autodeterminação, então ele é um agente livre e realmente o autor de suas ações. Se não tem esse poder, porèm, é somente uma mera máquina, tão incapaz como uma estátua ou uma pedra.
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Um agente moral e livre é um ente que age com relação a uma lei, obedecendo ou desobedecendo, sem ser obrigado a agir desse modo e com pleno poder de escolher o curso diametralmente oposto daquele que determinou seguir.
A doutrina da livre agência, ou do livre-arbítrio, é a única que concorda com a responsabilidade. Para que um agente seja responsável por qualquer ato, é necessário que tenha o poder de cometer o ato ou produzir o estado contrário.
Com respeito à simples questão da agência humana, não há controversia alguma.
Não supomos que o homem seja absolutamente independente para agir. Nesse sentido, existe apenas um agente no universo: Deus. Só Ele possui o poder auto-existente e independente de agir, quer no mundo físico, quer no mundo moral. O homem e todos os mais entes criados herdaram do Criador o poder de agir, e são dependentes dEle no sentido de sua continuação.
Que o homem é também agente moral todos os que aceitam a revelação como verdade admitem. As ações dos homens têm referência a uma regra de bem e de mal. Ele é capaz de exercitar a virtude ou o vício, e é suscetível à censura ou ao louvor.
Os teólogos do livre-arbítrio, também chamados arminianos por causa do teólogo holandês Jacó Armínio (1560-1609), apresentaram uma teoria sobre a liberdade que julgamos mais harmoniosa com a razão e com o bom senso:
Por agente livre, os arminianos entendem um ente capaz de agir sem ser por necessidade nem obrigado a assim agir por alguma causa exterior – quem possui esse poder tem a própria liberdade.
Deus é um agente livre. Todos admitem que só Deus existe desde toda a eternidade. Visto que o universo foi produzido por um ato divino, quando ainda não existia, senão apenas Ele, segue-se necessáriamente que Deus agiu sem ser obrigado por qualquer causa exterior. Portanto, Ele é um agente livre no sentido exposto acima.
Dizer que qualquer coisa exceto Deus é eterna e existe sem ser causada, no próprio sentido da palavra é filosóficamente absurdo.
A vontade do ser humano, não sendo eterna deve ser o efeito de uma causa, ou seja, o resultado de um poder capaz de produzi-la. Dizer que é sem causa ou que causou a si mesma é um absurdo.
Não se pode negar que um agente pode agir sem ser eficazmente obrigado por alguma coisa exterior a si mesmo sem negar que deus teve poder para criar o universo.
A idéia que todo ato voluntário deve resultar necessariamente de uma causa exterior e eficaz não pode ser sustentada sem que se negue que Deus criou o universo do nada. Para exercer poder criador, Ele teve de querer agir desse modo. E, como nada então existia fora dEle, tal decisão não pode ter resultado de causa exterior.
A questão de suma importância no tema do livre-arbítrio é se o homem é capaz de autodeterminação ou se pode agir independentemente de Deus.
Se o homem tem o poder de autodeterminação, então ele é um agente livre e realmente o autor de suas ações. Se não tem esse poder, porèm, é somente uma mera máquina, tão incapaz como uma estátua ou uma pedra.
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JOINER, Eduardo, Manual prático de teologia. Rio de Janeiro: Central Gospel, 2004.
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