PONDERAÇÕES
SOBRE A EFETIVA LIBERDADE DO HOMEM E SUA FIXIDEZ EM UM DETERMINADO ESTADO
Nas diversas páginas virtuais, ou físicas, ligadas
a assuntos teológicos, testemunha-se certo zelo espiritual, assumido e
enfatizado por alguns companheiros de fé cristã, que rejeita a ênfase na
condição humana de ser livre, ou de ser de escolhas efetivas, explicitada
claramente nas Escrituras. Esse zelo, ou excesso de zelo, deixa de levar em
consideração que a liberdade relacionada à salvação, conta com o fato
primordial -, a graça de Deus, disposta a todos os homens, como destaca o
seguinte verso -: “Porque a graça salvadora de Deus se há manifestado a todos
os homens”. (Tito 2:11). Também ignora, que a revelação direcionada à Igreja -:
“aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu
lhe der se fará nele uma fonte de água que salta para a vida eterna”. ( Jo
4.14) – não se restringe a igreja, pois ela, como evangelizadora, deve
estendê-la a toda a criatura. Essa revelação, já está a explicitar a liberdade
do homem, entre o aceitar e o rejeitar, realidade que se repete em forma de
convite: "E o Espírito e a esposa dizem: Vem. E quem ouve, diga: Vem. E quem tem
sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida. (Apocalipse 22:17).
Pelo caráter de convite -, convite à salvação -, esse chamado se apresenta como
condicional, e, implicitamente, apresenta a possibilidade da salvação aberta a
quem desejar acolhê-lo. Relembrando que, como no verso anterior, apesar de o
último verso citado ser proveniente de uma epístola direcionada à Igreja, não
se deve esquecer que a missão designada a Ela (Igreja) é a evangelização,
portanto, a boa nova da água disponível a quem deseja beber deve ser propagada
a todo o mundo, consequentemente, esse convite não é restrito a um meio chamado
Igreja, sendo só ela livre para aceitá-lo ou rejeitá-lo, não, é estendido ao
mundo - que a igreja deve evangelizar -, para que a parcela que acolhê-lo se
faça integrante do corpo chamado Igreja. O convite não é feito restritamente à
Igreja, é feito ao mundo para que, os de suas fileiras, aceitando-o, se faça Igreja.
Quanto à eternidade da Salvação, pode-se, amparado nas Escrituras, afirmar que
há a salvação consumada, aquela alcançada por aqueles que já receberam a coroa,
porém, há a salvação por se confirmar, essa salvação a ser confirmada é
caracterizada por todos que, regenerados, ainda labutam nessa existência, e
como tais, ainda esperam pelo selo final, o selo confirmatório, ou a coroa da
vida. Essa realidade pode ser percebida na exposição paulina abaixo:
“E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do
conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas
estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,
E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela
fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;
Para conhecê-lo, e à virtude da sua ressurreição, e
à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte;
Para ver se de alguma maneira posso chegar à
ressurreição dentre os mortos.
Não que já a tenha alcançado, ou que seja perfeito;
mas prossigo para alcançar aquilo para o que fui também preso por Cristo Jesus.
Irmãos, quanto a mim, não julgo que o haja
alcançado; mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás
ficam, e avançando para as que estão diante de mim,
Prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana
vocação de Deus em Cristo Jesus”.
(Fl 3.8-14).
Assim como salvação é parcial, enquanto não for
efetivada, enquanto não se configurar como salvação confirmada, a perdição
também. Da mesma maneira como o apóstolo prosseguia para alcançar o que ainda não havia
alcançado definitivamente, e não considerava que já havia alcançado o que
almejava, pode-se encarar o pecador, em sua condição de pecador, um ser
perdido, porém, embora rumando para a perdição, deve-se percebê-lo como alguém
com possibilidades de ser alvejado pela graça: "Por isso diz: Desperta, tu que dormes, e levanta-te dentre os mortos, e
Cristo te esclarecerá". (Ef 5. 14)
Portanto, todo aquele que ainda caminha, que ainda
combate o bom combate, deve adotar o pensamento paulino de uma salvação ainda
por se consumar, como orientador, procurando manter seus passos ciosos na busca
da consumação da esperança escatológica que o incita a prosseguir.
Lailson Castanha
Pelo caráter de convite -, convite à salvação -, esse chamado se apresenta como condicional, e, implicitamente, apresenta a possibilidade da salvação aberta a quem desejar acolhê-lo. Relembrando que, como no verso anterior, apesar de o último verso citado ser proveniente de uma epístola direcionada à Igreja, não se deve esquecer que a missão designada a Ela (Igreja) é a evangelização, portanto, a boa nova da água disponível a quem deseja beber deve ser propagada a todo o mundo, consequentemente, esse convite não é restrito a um meio chamado Igreja, sendo só ela livre para aceitá-lo ou rejeitá-lo, não, é estendido ao mundo - que a igreja deve evangelizar -, para que a parcela que acolhê-lo se faça integrante do corpo chamado Igreja. O convite não é feito restritamente à Igreja, é feito ao mundo para que, os de suas fileiras, aceitando-o, se faça Igreja.
Quanto à eternidade da Salvação, pode-se, amparado nas Escrituras, afirmar que há a salvação consumada, aquela alcançada por aqueles que já receberam a coroa, porém, há a salvação por se confirmar, essa salvação a ser confirmada é caracterizada por todos que, regenerados, ainda labutam nessa existência, e como tais, ainda esperam pelo selo final, o selo confirmatório, ou a coroa da vida. Essa realidade pode ser percebida na exposição paulina abaixo:
“E, na verdade, tenho também por perda todas as coisas, pela excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas estas coisas, e as considero como escória, para que possa ganhar a Cristo,
E seja achado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a saber, a justiça que vem de Deus pela fé;