sábado, 23 de janeiro de 2010

DA QUEDA DE ADÃO

Jacobus Arminius
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11. DA QUEDA DE ADÃO
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1. Adão era capaz de continuar na bondade e de abster-se de pecar, e isso em realidade e em referência à questão, e não apenas pela potencialidade impedida de ser posta em ação, por conta de algum decreto anterior de Deus, ou melhor, não sendo possível conduzir a um ato pelo decreto anterior.
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2. Adão pecou livremente e voluntariamente, sem qualquer necessidade, interna ou externa.
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3. Adão não caiu por meio do decreto de Deus, nem por ser ordenado a cair nem por deserção, mas pela mera permissão de Deus, que não é colocada em subordinação a predestinação quer à salvação ou a morte, mas que pertence a providência, como se distingue até agora, em oposição a predestinação.
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4. Adão não caiu, necessariamente, quer no que diz respeito a um decreto, nomeação, deserção, ou permissão, a partir do qual é evidente que tipo de julgamento deve ser formado sobre as expressões das seguintes descrições:
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5. "Confesso, certamente, que pela vontade de Deus todos os filhos de Adão cairam nesta condição miserável em que estão confinados e presos." (Calvin's Institute, lib. 3, cap. 23.)
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6. "Eles negam, em palavras expressas, a existência deste fato - que foi decretado por Deus que Adão devesse perecer por sua própria deserção".
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7. "Deus sabia de antemão o que resultaria ao homem, ele tornou-se, assim, foi ordenado pelo seu decreto."
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8. "Deus não só previu a queda do primeiro homem, mas por sua própria vontade, ordenou ele."
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Obs: Neste comentário, sobre a queda de Adão, Jacobus Arminius traça sua assertiva levando em consideração seu distanciamento da teologia calvinista, por isso, ao final de suas considerações, destacando algumas afirmativas contrárias ao seu pensamento (quatro últimas citações), intentando mostrá-las como inadequadas. A primeira, afirmação citada é de Calvino.
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Tradução: Lailson Castanha
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ARMINIUS, Jacobus. Works of Arminius, Vl 2.
http://wesley.nnu.edu/arminianism/arminius/v.htm#11. OF THE FALL OF ADAM
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