domingo, 25 de janeiro de 2009

A doutrina bíblica da graça (parte um)

Por WilliamBirch
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A palavra graça, de Gênese 6:8 à Apocalipse 22:21, é uma palavra que significa 'graciosidade de forma ou de ato' (literalmente), ou a influência divina
sobre o coração, e, seu reflexo na vida" (figurativamente). 1
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A graça é um favor especial conferido sobre um indivíduo indigno. Assim quando um ministro cristão cita Paulo dizendo que, "Porque pela graça sois salvos" (Ef. 2:8), ele ou ela pensam que aquele salvo foi salvo, não pelo mérito, mas, pela graça, favor imerecido. Esta é a forma de utilizar a palavra graça biblicamente. Nisto não vamos além de sua significação clara, nem vamos além do que a Bíblia ensina.
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Isto não é, contudo, o que os calvinistas querem dizer com o uso da palavra graça. Eles podem ensinar a sua versão "das doutrinas da graça," mas, acreditamos que elas não são as Doutrinas Bíblicas da Graça. Para o calvinista, se Deus não impõe a sua graça sobre pecadores na regeneração, então ninguém pode ser salvo. "A graça Imposta" faz tanto sentido quanto "ação de livre-arbítrio causalmente determinado”.
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Mas devemos entender, o que se entende por graça imposta, para compreender a graça de Deus indo ao pecador no modo monergistico; nenhum pecador pede a graça de Deus na condenação do pecado pelo Espírito do Deus, nem audição do Evangelho da sua salvação. Portanto, por graça imposta, queremos dizer essa força maior por meio de que Ele regenera seus eleitos para que possam exercer a fé em Cristo concedido a ele ou ela (concedido ao eleger sozinho).

Roger Olson, em sua Teologia Arminiana, escreve, "a Graça cura a ferida mortal do pecado e permite aos seres humanos, que estão de outra maneira na escravidão da vontade para pecar, de responder livremente à mensagem do evangelho. A graça traz o favor imerecido, e, imerecido de Deus a seres humanos que exercem a fé com arrependimento e confiança em Cristo somente, para a salvação. "(2)
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O mito de que os Arminianos não encontram nenhum lugar para a graça em sua teologia não é nada menos que uma tentativa do calvinista de elaborar uma testa de ferro, para validar a sua própria versão da graça, e, há vários, vários calvinistas que fazem tal nos seus sermões, livros, e propaganda de Internet.
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Por exemplo, Olson observou a aproximação de Michael Horton do arminianismo com semi-pelagianismo. No seu ponto de vista equivocado, "na teologia arminiana, Deus não opera toda a salvação; o indivíduo tem pelo menos uma parte nela."(3) Olson escreveu, "Ele resume seu argumento inteiro contra o arminianismo com a declaração que 'se não se acreditar na doutrina da eleição incondicional, é impossível ter uma alta doutrina da graça. "(4)
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Alguém não seria demasiadamente remisso em dizer que, se alguém acredita na doutrina da eleição incondicional, é impossível ter uma doutrina alta do amor de Deus! Ou isso? Se alguém acreditar na doutrina da eleição incondicional, é impossível ter uma alta doutrina da Sagrada Escritura, uma vez que afirma que o desejo de Deus, tal o seu imenso amor pela humanidade (João 3:16), é que todos venham a ser salvos e cheguem ao conhecimento da verdade (1 Tim. 2:4; Ez. 33:11). E Horton (assim como da Sproul, MacArthur's, Piper's, e muitos outros calvinistas') que comparam o arminianismo com o semi-pelagianismo são completamente infundados:
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Semi-pelagianismo = As pessoas podem vir a Jesus Cristo pela sua capacidade natural.
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Arminianismo = ninguém pode vir a Jesus Cristo separado da graça de Deus...
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Agora, como é que arminianismo pode ser comparado com semi-pelagianismo? Não pode. Mas quando um homem tem uma agenda para promover a sua teologia faz o sistema "alternativo" ter má aparência (isto é. arminianismo) comparando-o com uma visão heterodoxa (semi-pelagianismo), faz o seu sistema (Calvinismo) atingir o topo. Pelo contraste, não temos de comparar o calvinismo com o hiper-calvinismo para fazê-lo ter má aparecia. Podemos indicar simplesmente os seus próprios erros sem ligá-lo com uma heresia.
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Novamente, Olson escreveu, "Alguém que lê a teologia de Arminius com o espírito justo e aberto, não pode faltar ao seu apaixonado comprometimento para com a graça do Deus. Em nenhuma parte ele atribui qualquer eficácia causal para o salvação ao poder humano, bondade até mesmo força de vontade. O William Witt diz com razão que 'a teologia de Arminius é em todas as partes de uma teologia de sola gratia. Ele não tem nada em comum com semi-pelagianismo ou sinergismo luterano."
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Também, segundo Witt, “Arminius tem uma alta teologia da graça. Ele insiste enfaticamente que graça é gratuita, pois é obtido através do resgate de Deus em Cristo, não através de esforço humano”. Arminius saiu do seu caminho para elevar graça como a única causa eficiente da salvação, e até mesmo do primeiro exercício de uma boa vontade para com Deus, incluindo o desejo de receber a boa notícia e responder positivamente a ele.
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"A graça interna como particular chamado e não graça externa, comum ou geral foi o seu foco. Segundo Arminius nenhuma pessoa pode até mesmo desejar a Deus sem um interior especial, renovando pela operação da graça. "(5) Algum calvinista em qualquer lugar e em qualquer momento alguma vez lhe disse isto?
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A afirmação absurda de Michael Horton que, no sistema Arminiano um pecador é o co-redentor, não é simplesmente confusa, é caluniosa. Só Jesus pode salvar. E esta salvação se alcança somente pela graça do Deus. Ainda, esta salvação, pelo menos da perspectiva da Bíblia, vem ao pecador através da fé. Em nenhum lugar é ensinado nas Escrituras que a fé em Jesus Cristo é igual a uma pessoa salva! De fato, sem fé em Jesus, ninguém pode ser salvo (Atos 4:12).
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E talvez esse é o aspecto sobre a graça de Deus, a partir da perspectiva do calvinista, que mais me incomoda: a Bíblia exige que só a fé em Cristo Jesus justificará e assim salvará um pecador. Isto significa que o pecador deve realmente, realmente , de fato, fazer algo para ser salvo: ele ou ela devem acreditar em Jesus Cristo. Da perspectiva da Bíblia, isto é apenas passividade!
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E, ao fazer alguma coisa, queremos dizer, não trabalho para coisa alguma, mas acreditamos em alguém. Esta fé não é um trabalho (Rom. 4:4-5). Deste modo, o pecador não trabalha para a salvação, mas acredita para a salvação. Observe a diferença.
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Afinal, as criaturas de Deus são criaturas razoáveis, não máquinas ou autômatos. A graça chega a um condenado por seu ou seus pecados pelo Espírito de Deus (João 16:8-11). O Evangelho poderoso é apresentado pela Graça do Deus (Rom. 1), para que, pela fé em Cristo Jesus, um pecador possa ser salvo (Rom. 1:16-17).
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Como a fé vem a um pecador? É como a maioria dos Calvinistas insistem, pela regeneração, como um presente determinado e absoluto? Não, da Bíblia ensina que "a fé vem de ouvir a mensagem, e a mensagem é ouvida pela palavra sobre Cristo" (Rom. 10:17 TNIV).
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Novamente, observa Olson, "mesmo o arrependimento e a fé são presentes de Deus na teologia Arminiana tradicional, embora eles sejam presentes que devem ser aceitos por uma decisão franca de não os resistir. "(6)
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Entenda o que o arminiano quer dizer, "mesmo o arrependimento e a fé são presentes do Deus." Não pensamos que eles são impostos a alguém por Deus em um sentido estrito, absoluto, concedido a alguém porque ele ou ela foram eleitos por Deus para receber aquele dom. Pensamos que eles são concedidos por Deus àquele que está sendo convencido pelo Espírito, dos seus pecados, e quando apresentado com o Evangelho, esses "dons", contudo, podem ser resistidos; Dessa forma, ensinamos uma graça resistível.
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Estas são apenas simples declarações relativas ao simples Evangelho. Se alguém entender esses ensinos simples e básicos de forma incorreta, então não é de admirar como o resto de sua soteriologia (a doutrina da salvação) a tirará fora da trilha. Ninguém, não pode começar com uma premissa falsa e concluir-se com afirmações corretas da fé. Assim acreditamos que devemos ser extremamente cuidadosos em aceitar a "doutrina da graça" calvinista, antes de estudar as Doutrinas Bíblicas da Graça do arminianismo.
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Continua...
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1 James Strong, "Dictionary of the Greek Testament," The New Strong's Exhaustive Concordance of the Bible (Nashville: Thomas Nelson Publishers, 1990), 77.
2 Roger E. Olson, Arminian Theology (Downers Grove: InterVarsity Press, 2006), 160-161. 2 Roger E. Olson, Arminian Theology (Downers Grove: InterVarsity Press, 2006), 160-161.
3 Ibid., 160. 3 Ibid., 160.
4 Ibid. 4 Ibid.
5 Ibid., 161-162. 5 Ibid., 161-162.
6 Ibid., 159. 6 Ibid., 159.
http://evangelicalarminians.com/node/355.
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Traduzido por Lailson Castanha

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