Os desígnios de Deus e a obstinação do homem.
Muito se tem falado a respeito dos desígnios de Deus para com os homens. Nas discussões a esse respeito conjectura-se positivamente ou negativamente a respeito de conceitos como soberania de Deus, alteridade, livre arbítrio e predestinação e determinismo. É muito raro em uma discussão sobre os desígnio de Deus a ausência dos conceitos que foram destacados.
Quando falamos em desígnios não podemos fugir algumas indagações investigativas, como, e por exemplo: tudo o que acontece conosco, positivamente foi um desígnio de Deus? Em outras palavras podemos indagar: tudo o que acontece, é fruto de uma vontade positiva de Deus? Ou mesmo: - alguns eventos ocorrem por Sua permissão e nem sempre por sua determinação intencionalmente positiva? - Tudo que nos ocorre, é fruto de uma intencionalidade direta de Deus, ou, sua soberania não implica um intenso controle direto sobre todos os eventos? - ou também: o homem pode ser responsabilizado diretamente por alguns eventos que ocorrem em sua existência ou através ou mesmo a partir dela, ou tudo o que acontece tem que ser apresentado como vontade positiva e intencional de Deus?
Na medida em que essas indagações, que se manifestam de várias formas, forem respondidas, configurar-se-á então, a maneira que consideraremos Deus e o seu caráter, a forma em que interpretamos os eventos que ocorrem em nossa existência e a forma que devemos nos posicionar diante dos acontecimentos que se nos apresentam, e a maneira que julgaremos as nossas intenções e ações. É certo que, se buscarmos respostas sobre questões transcendentes usando apenas ferramentas existenciais, nosso intento não terá êxito – por conta da limitação do alcance que a ferramenta que usamos alcançará. Temos que, além de nossas ferramentas existenciais, nos apropriarmos da revelação escriturística, procurar entender, o que ela tem a nos dizer a esse respeito.
Lendo os Salmos 81 percebe-se claramente insights reveladores sobre a questão que estamos a destacar. Lendo esse texto, o anuviado problema do desígnio de Deus/responsabilidade do homem é iluminado. Nesse Salmo, depois de uma série de convocações e lembranças das coisas que Deus houvera feito a favor de Israel, o salmista omite a sua voz, e dá a sua escrita, livre e direto curso à voz de Deus:
Ouve, povo meu, quero exortar-te. Ó Israel, se me escutasses!
Não haja no meio de ti deus alheio, nem te prostres ante deus estranho.
Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito. Abre bem a boca, e ta encherei.
Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu.
Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos.
Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários.
Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre
Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.(Sl 81. 8-16)
Observando esses versos percebemos que Deus apesar de preceituar algumas regras para o seu povo, desejando que as tais fossem observadas, não estabeleceu os seus bons preceitos de maneira irresistível. Deus colocou sobre o homem a responsabilidade de observá-los, de cumpri-los.
Ó Israel, se me escutasses! - Nesse verso percebe-se a expressão plangente de Deus por conta da falta atenção de Israel para com os seus conselhos. Após lamentar a conduta obstinada de seu povo, Deus continuou a afirmar sobre o seu povo, ainda em tom lamentoso:
“(…) Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu.”
Se atentarmos para essa expressão, podemos perceber a liberdade que Deus dá aos homens entre seguir ou não seguir os seus desígnios, apesar de desejar que sua vontade seja cumprida. Desse exemplo, podemos tirar pelo menos uma importante conclusão: nem sempre os desígnios de Deus para com os homens são colocados como decretos inelutáveis.
Depois de resolvida uma parte do problema, a saber, se os desígnios de Deus são irresistivelmente estabelecidos, que pelo texto, tivemos a liberdade de crer que nem sempre o que Deus deseja diretamente acontece, continua em aberto, a questão da responsabilidade do homem, problematizada na seguinte indagação: o homem pode ser responsabilizado diretamente por alguns eventos que ocorrem em sua existência ou através ou mesmo a partir dela?
Recorrendo novamente ao texto, somos levados, mesmo que de maneira indireta, a resposta:
Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários.
Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre
Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.
No do conectivo condicional “se”, o texto indica-nos a realidade das possibilidades. Ou seja, para Israel, existia uma possibilidade existencial diferente daquela em que esse povo passou a vivenciar, caso obedecesse ao seu Deus. Essa possibilidade era o que Deus desejou e desejava.
Quando no texto, em nome de Deus é usado o conectivo condicional, afirmando que certos eventos ocorreriam “se” o povo de Israel escutasse a voz de Deus e andasse em seus caminhos, são nos dado a liberdade de crer que algumas coisas deixaram ou deixam de ocorrer por conta de alguns posicionamentos ou posturas humanas. No texto em destaque, por conta da obstinação de Israel em seguir suas próprias ideias, não atentando para os conselhos de Deus, seguindo os caminhos que Deus não desejava que eles seguissem, Israel deixou de vivenciar as benesses que Deus desejou que vivenciasse.
Se alguns eventos deixam de acontecer por consequência de uma determinada postura, segue-se que, outros eventos substituintes ocorrerão. Outrossim, quando fugimos da vontade de Deus, deixamos de herdar o bem que ele preparou para os que o seguem, portanto somos responsáveis por boa parte de eventos negativos que ocorrem em nossa existência, através ou a partir dela. Somos responsáveis porque, por nossa livre escolha, deixamos de atentar para os desígnios de Deus. Só somos efetivamente responsáveis pelas consequências de nossas escolhas, porque somos livres para fazer escolhas autênticas. Se não fossemos livres para praticarmos tais escolhas, não seríamos efetivamente responsáveis por suas consequências.
A mesma implicação se dá em relação ao nosso galardão A responsabilidade humana não diminui ante o chamado à salvação. Sobre essa questão, o apóstolo Paulo nos direciona a ideia de que somos responsáveis em nos qualificarmos diante de Deus, de que temos que nos esforçar para alcançar o galardão, ao contrário do que muita gente defende de que o chamado à salvação dispensa a resposta ou ação efetivamente humana, vejamos:
Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.
Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.
Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. (1Co 9.24-27)
Como se pode perceber, Paulo destaca o seu esforço, como uma atitude que tinha como finalidade garantir a sua qualificação. Destaca sua responsabilidade em se mostrar qualificado.
Seguindo a mesma temática da responsabilidade humana, o apóstolo Paulo narra à peregrinação do povo israelita no deserto. No decorrer da narração, falando sobre o povo de Israel, o apóstolo afirma:
“nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar,
e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
e todos comeram de uma mesma comida espiritual,
e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.” (1 Co 10.1-5).
Na narração do apóstolo Paulo, percebe-se claramente a realidade do povo de Israel. Esse povo andou com Deus, recebeu as bênçãos de Deus. Porém, outra evidência se mostra de maneira trágica: Deus não se agradou desse povo.
Continuando a falar, o apóstolo indica aos destinatários de sua epístola, porque que o povo de Israel foi rejeitado por Deus e por conseguinte, foram prostrados no deserto. Disse o apóstolo:
E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.(1 Co 10. 6).
Falando nesses termos, o apóstolo estava a destacar a responsabilidade humana ante a eleição da igreja e a consequente e definitiva salvação do homem. Devemos olhar para a tragédia de Israel e com isso aprender que temos responsabilidades reais em relação ao chamado de Deus.
Ser participante do povo Eleito ou da igreja Eleita não nos exime da responsabilidade e esforço para sermos achados dignos de Deus. A salvação é pela graça. Pela graça podemos nos postar diante de Deus em condição aceitável. A graça nos dá as condições - nos oferece os meios, as ferramentas que nos possibilita postarmo-nos de maneira adequada. Oferecer os meios não significa, portanto eximir-nos da responsabilidade de usar as ferramentas que a graça nos dispôs. Se não usarmos as ferramentas da graça cairemos. Portanto é de nossa total responsabilidade o uso dos meios que a graça nos dispôs a fim de que fiquemos em pé.
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Muito se tem falado a respeito dos desígnios de Deus para com os homens. Nas discussões a esse respeito conjectura-se positivamente ou negativamente a respeito de conceitos como soberania de Deus, alteridade, livre arbítrio e predestinação e determinismo. É muito raro em uma discussão sobre os desígnio de Deus a ausência dos conceitos que foram destacados.
Quando falamos em desígnios não podemos fugir algumas indagações investigativas, como, e por exemplo: tudo o que acontece conosco, positivamente foi um desígnio de Deus? Em outras palavras podemos indagar: tudo o que acontece, é fruto de uma vontade positiva de Deus? Ou mesmo: - alguns eventos ocorrem por Sua permissão e nem sempre por sua determinação intencionalmente positiva? - Tudo que nos ocorre, é fruto de uma intencionalidade direta de Deus, ou, sua soberania não implica um intenso controle direto sobre todos os eventos? - ou também: o homem pode ser responsabilizado diretamente por alguns eventos que ocorrem em sua existência ou através ou mesmo a partir dela, ou tudo o que acontece tem que ser apresentado como vontade positiva e intencional de Deus?
Na medida em que essas indagações, que se manifestam de várias formas, forem respondidas, configurar-se-á então, a maneira que consideraremos Deus e o seu caráter, a forma em que interpretamos os eventos que ocorrem em nossa existência e a forma que devemos nos posicionar diante dos acontecimentos que se nos apresentam, e a maneira que julgaremos as nossas intenções e ações. É certo que, se buscarmos respostas sobre questões transcendentes usando apenas ferramentas existenciais, nosso intento não terá êxito – por conta da limitação do alcance que a ferramenta que usamos alcançará. Temos que, além de nossas ferramentas existenciais, nos apropriarmos da revelação escriturística, procurar entender, o que ela tem a nos dizer a esse respeito.
Lendo os Salmos 81 percebe-se claramente insights reveladores sobre a questão que estamos a destacar. Lendo esse texto, o anuviado problema do desígnio de Deus/responsabilidade do homem é iluminado. Nesse Salmo, depois de uma série de convocações e lembranças das coisas que Deus houvera feito a favor de Israel, o salmista omite a sua voz, e dá a sua escrita, livre e direto curso à voz de Deus:
Ouve, povo meu, quero exortar-te. Ó Israel, se me escutasses!
Não haja no meio de ti deus alheio, nem te prostres ante deus estranho.
Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito. Abre bem a boca, e ta encherei.
Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu.
Assim, deixei-o andar na teimosia do seu coração; siga os seus próprios conselhos.
Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários.
Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre
Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.(Sl 81. 8-16)
Observando esses versos percebemos que Deus apesar de preceituar algumas regras para o seu povo, desejando que as tais fossem observadas, não estabeleceu os seus bons preceitos de maneira irresistível. Deus colocou sobre o homem a responsabilidade de observá-los, de cumpri-los.
Ó Israel, se me escutasses! - Nesse verso percebe-se a expressão plangente de Deus por conta da falta atenção de Israel para com os seus conselhos. Após lamentar a conduta obstinada de seu povo, Deus continuou a afirmar sobre o seu povo, ainda em tom lamentoso:
“(…) Mas o meu povo não me quis escutar a voz, e Israel não me atendeu.”
Se atentarmos para essa expressão, podemos perceber a liberdade que Deus dá aos homens entre seguir ou não seguir os seus desígnios, apesar de desejar que sua vontade seja cumprida. Desse exemplo, podemos tirar pelo menos uma importante conclusão: nem sempre os desígnios de Deus para com os homens são colocados como decretos inelutáveis.
Depois de resolvida uma parte do problema, a saber, se os desígnios de Deus são irresistivelmente estabelecidos, que pelo texto, tivemos a liberdade de crer que nem sempre o que Deus deseja diretamente acontece, continua em aberto, a questão da responsabilidade do homem, problematizada na seguinte indagação: o homem pode ser responsabilizado diretamente por alguns eventos que ocorrem em sua existência ou através ou mesmo a partir dela?
Recorrendo novamente ao texto, somos levados, mesmo que de maneira indireta, a resposta:
Ah! Se o meu povo me escutasse, se Israel andasse nos meus caminhos!
Eu, de pronto, lhe abateria o inimigo e deitaria mão contra os seus adversários.
Os que aborrecem ao SENHOR se lhe submeteriam, e isto duraria para sempre
Eu o sustentaria com o trigo mais fino e o saciaria com o mel que escorre da rocha.
No do conectivo condicional “se”, o texto indica-nos a realidade das possibilidades. Ou seja, para Israel, existia uma possibilidade existencial diferente daquela em que esse povo passou a vivenciar, caso obedecesse ao seu Deus. Essa possibilidade era o que Deus desejou e desejava.
Quando no texto, em nome de Deus é usado o conectivo condicional, afirmando que certos eventos ocorreriam “se” o povo de Israel escutasse a voz de Deus e andasse em seus caminhos, são nos dado a liberdade de crer que algumas coisas deixaram ou deixam de ocorrer por conta de alguns posicionamentos ou posturas humanas. No texto em destaque, por conta da obstinação de Israel em seguir suas próprias ideias, não atentando para os conselhos de Deus, seguindo os caminhos que Deus não desejava que eles seguissem, Israel deixou de vivenciar as benesses que Deus desejou que vivenciasse.
Se alguns eventos deixam de acontecer por consequência de uma determinada postura, segue-se que, outros eventos substituintes ocorrerão. Outrossim, quando fugimos da vontade de Deus, deixamos de herdar o bem que ele preparou para os que o seguem, portanto somos responsáveis por boa parte de eventos negativos que ocorrem em nossa existência, através ou a partir dela. Somos responsáveis porque, por nossa livre escolha, deixamos de atentar para os desígnios de Deus. Só somos efetivamente responsáveis pelas consequências de nossas escolhas, porque somos livres para fazer escolhas autênticas. Se não fossemos livres para praticarmos tais escolhas, não seríamos efetivamente responsáveis por suas consequências.
A mesma implicação se dá em relação ao nosso galardão A responsabilidade humana não diminui ante o chamado à salvação. Sobre essa questão, o apóstolo Paulo nos direciona a ideia de que somos responsáveis em nos qualificarmos diante de Deus, de que temos que nos esforçar para alcançar o galardão, ao contrário do que muita gente defende de que o chamado à salvação dispensa a resposta ou ação efetivamente humana, vejamos:
Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.
Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível.
Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar.
Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado. (1Co 9.24-27)
Como se pode perceber, Paulo destaca o seu esforço, como uma atitude que tinha como finalidade garantir a sua qualificação. Destaca sua responsabilidade em se mostrar qualificado.
Seguindo a mesma temática da responsabilidade humana, o apóstolo Paulo narra à peregrinação do povo israelita no deserto. No decorrer da narração, falando sobre o povo de Israel, o apóstolo afirma:
“nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar,
e todos foram batizados em Moisés, na nuvem e no mar,
e todos comeram de uma mesma comida espiritual,
e beberam todos de uma mesma bebida espiritual, porque bebiam da pedra espiritual que os seguia; e a pedra era Cristo.
Mas Deus não se agradou da maior parte deles, por isso foram prostrados no deserto.” (1 Co 10.1-5).
Na narração do apóstolo Paulo, percebe-se claramente a realidade do povo de Israel. Esse povo andou com Deus, recebeu as bênçãos de Deus. Porém, outra evidência se mostra de maneira trágica: Deus não se agradou desse povo.
Continuando a falar, o apóstolo indica aos destinatários de sua epístola, porque que o povo de Israel foi rejeitado por Deus e por conseguinte, foram prostrados no deserto. Disse o apóstolo:
E estas coisas foram-nos feitas em figura, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram.(1 Co 10. 6).
Falando nesses termos, o apóstolo estava a destacar a responsabilidade humana ante a eleição da igreja e a consequente e definitiva salvação do homem. Devemos olhar para a tragédia de Israel e com isso aprender que temos responsabilidades reais em relação ao chamado de Deus.
Ser participante do povo Eleito ou da igreja Eleita não nos exime da responsabilidade e esforço para sermos achados dignos de Deus. A salvação é pela graça. Pela graça podemos nos postar diante de Deus em condição aceitável. A graça nos dá as condições - nos oferece os meios, as ferramentas que nos possibilita postarmo-nos de maneira adequada. Oferecer os meios não significa, portanto eximir-nos da responsabilidade de usar as ferramentas que a graça nos dispôs. Se não usarmos as ferramentas da graça cairemos. Portanto é de nossa total responsabilidade o uso dos meios que a graça nos dispôs a fim de que fiquemos em pé.
“No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder.
Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo.
Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais.
Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos(...).” (Ef 6.10-18).
Lailson Castanha
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Estai, pois, firmes, tendo cingidos os vossos lombos com a verdade, e vestida a couraça da justiça;
E calçados os pés na preparação do evangelho da paz;
Tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
Tomai também o capacete da salvação, e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus;
Orando em todo o tempo com toda a oração e súplica no Espírito, e vigiando nisto com toda a perseverança e súplica por todos os santos(...).” (Ef 6.10-18).
Lailson Castanha
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Gravura: Adão e Eva expulsos do Éden de Gustave Doré (1832-1883)