segunda-feira, 11 de julho de 2011

Seria Deus imutável, impassível e atemporal? (parte II)


Seria Deus imutável, impassível e atemporal? (parte II)

Debate entre teísmo tradicional e a teologia do processo

Por Bispo Ildo Mello*

QUESTÕES:1. Pode Deus ser perfeito e mutável ao mesmo tempo?
2. Negar a imutabilidade implica na crença de que Deus esteja em processo de evolução?
3. Como a cosmovisão pode afetar nosso conceito de Deus?
4. Que tipo de relacionamento Deus tem com os homens?
5. Deus é afetado positiva e/ou negativamente pelo que acontece no mundo?
6. Como entender os textos que falam de Deus como sendo contingente?
7. Deus sofre?
8. O que o mundo significa para Deus?
9. O que significa a expressão “Deus é amor”?
10. Deus pode se decepcionar com alguém?
11. Deus pode experimentar novidade?
12. Deus é atemporal?

RELEVÂNCIA DO TEMA.

• Nossa compreensão de Deus
• Nosso relacionamento com Deus
• O papel da oração
• Nossa missão
• Qual o retrato que estamos fazendo de Deus e passando para outras pessoas?


Dois Extremos.

Teismo Tradicional:
.. Tomás de Aquino.


Teologia do processo:
. Alfred North Whitehead


Cosmovisão

. Baseado no conceito grego de perfeição que é estático e atemporal.
. Influenciado pela cosmologia medieval que era estática.
. Ênfase na transcendência abstrata de Deus.


TEÍSMO TRADICIONAL

Imutabilidade

• Deus é imutável em essência, atributos, consciência e vontade.
• Deus é imutável por ser absolutamente perfeito não podendo mudar nem
mesmo para melhor.
• Deus não pode experimentar novidade.


Impassibilidade

• Deus não pode estar sujeito às alterações emocionais
• Não podendo também ser afetado positiva ou negativamente pelo mundo.
• Textos bíblicos que falam de Deus como demonstrando uma variedade de
sentimentos precisam ser interpretados como expressões antropomórficas.
• “Deus é amor” significaria apenas que Deus deseja boas coisas para suas
criaturas.
• O mundo pode estar relacionado com Deus, pois é dependente dEle, mas Deus
não pode realmente relacionar-se com o mundo.
• A relação Deus-mundo é como uma avenida de mão única.


Atemporalidade

• Tudo aquilo que se encontra dentro da dimensão do tempo, por ser mutável, é imperfeito
• Para um Deus atemporal, passado, presente e futuro existem em um eterno
presente.
• Não havendo nada novo que Deus possa conhecer ou experimentar.
• Teólogos da Idade Média não demonstraram nenhum interesse sobre o
aspecto histórico do cristianismo.


TEOLOGIA DO PROCESSO

Cosmovisão Atual e Dinâmica

• Teoria da evolução de Darwin - Um mundo em processo de criação
• Teoria da relatividade de Einstein
• Conhecimento do mundo subatômico
• Teoria Quântica
• Um universo embriônico e incompleto, onde mudança e desenvolvimento são marcantes
• Movimento e novidade fazem intimamente parte de sua experiência para serem ignorados ou tratados superficialmente.
• Mudar não envolve apenas um eterno retorno a um preestabelecido padrão, mas à emergência de uma novidade genuína.
• Levam muito a sério os temas:
• tornar-se
• Relação
• novidade
• Enfatizando a primazia do:
• “tornar-se” sobre o “ser”,
• “relativo” sobre o “absoluto”,
• “interdependente” sobre o “independente”
• Deus é visto como a exemplificação maior dos princípios metafísicos segundo os quais todas as coisas são explicadas
• Deus não seria uma excessão a regra
• Teologia Natural
• Ênfase na imanência de Deus e em relacionamentos dinâmicos e significativos.


Conceito Bipolar

• Deus teria um aspecto abstrato e absoluto
• e um outro que seria concreto e relativo
• Natureza primordial e abstrata, perfeição em amor, bondade e onipresença
• Natureza conseqüente e concreta: limitado, sujeito ao desenvolvimento, desafiado à auto-superar-se criativamente.
• Infinito em potencial,
• Mas ainda em processo de evolução como e com o mundo.
• O relacionamento Deus-mundo seria o de interdependência
• O mundo seria sua natureza conseqüente = “pan-en-teísmo”
• Deus estaria relacionado com o mundo assim como nós estamos relacionados com o
nosso corpo.
• O físico é visto como um processo mental, um fenômeno espiritual.
• Deus não apenas influencia cada ocasião de experiência, mas também, é afetado por cada uma delas.
• Deus é infinito em sua potencialidade, naquilo que Ele pode vir a ser ou tornar-se, não naquilo que Ele é.
• Deus é infinitamente capaz de aprimorar-se. Afirmam que infinitude absoluta não faz Sentido.
• “O dinâmico e simpático Deus da revelação cristã, que revela-se como amor na pessoa de Jesus Cristo, está menos em casa num mundo de estáticas substâncias do que no dinâmico e novo mundo de relações do pensamento do processo”.
• Deus realmente se sensibiliza, se emociona, se entristece, se compadece, sofre, se alegra, fica admirado…
• Pais que permanecem em absoluta alegria enquanto seus filhos estão em agonia não são considerados perfeitos.
• Negam também o estereótipo masculino aplicado a Deus, o que só serviu para reforçar a imagem de Deus como controlador, independente, não-receptivo e não responsivo, insensível, inflexível e sem emoções.


TEOLOGIA NATURAL

• O que o Teísmo Tradicional e a Teologia do Processo tem em comum?
• Ambos são adeptos da Teologia Natural.
• Pressuposto de que existe uma fonte dupla geradora do conhecimento de Deus.
• Assevera que é possível chegar ao conhecimento de Deus à parte da Revelação específica.
• Forte orientação antropológica, ontológica, metafísica e filosófica.
• As cinco provas racionais para a existência de Deus apresentadas por Aquino ilustram bem este método:


• 1. Do movimento para um motor imóvel;
• 2. Dos efeitos para uma Causa Primeira;
• 3. Da existência contingente para a Existência Necessária;
• 4. Dos graus da perfeição para um Ser Perfeitíssimo;
• 5. Da ordem na natureza para um Ordenador.


• Vemos a força da teologia natural na doutrina panenteísta, pois crêem que Deus está manifesto no mundo criado, mais que isto, o mundo é o corpo de Deus.
• É o mesmo erro cometido por Aquino, Schleiermacher, Otto e tantos outros, de partir da criação para se chegar ao Criador, do homem para Deus, de baixo para cima.
• Estas são teologias baseadas no homem, que exaltam o homem em detrimento do próprio Deus.
• Minhas pressuposições sobre a prioridade da autoridade das Escrituras Sagradas não encontram eco nestas teologias.
• Busca exagerada por Relevância e Contextualização
• Ambos buscam um conceito de Deus que esteja em harmonia com as cosmovisões de
suas respectivas culturas.
• Advogam um lugar para a teologia no reino das demais ciências
• Perigo
• Tende ao desviar do sentido natural e original do texto.
• Corre-se sempre o risco de negligenciar a cosmovisão dos próprios hebreus.


CRÍTICA DE BARTH A TEOLOGIA NATURAL

• Deus é absolutamente outro, distinto de sua criação.
• Nega a existência de qualquer analogia na natureza, na humanidade, ou na história que seja capaz de fornecer uma conexão para o conhecimento de Deus.
• Toda e qualquer defesa da fé deve estar unicamente baseada nos atos de Deus como revelados nas Escrituras;
• Qualquer apologia baseada somente na razão acaba diluindo a força da Palavra.
• O conhecimento de Deus não é algo inerente ao homem, não é uma descoberta humana, não está baseado na razão e na experiência humana, mas é o reconhecimento da graça reveladora de Deus.
• Barth diz que o mundo existe em Deus, bem como ao lado e fora de Deus, negando assim toda espécie de monismo.
• É um erro dizer que o mundo é um elemento necessário de Deus, um modo divino. Este foi o erro de Philo e do Gnosticismo, que agora tem se repetido no panenteísmo da teologia do processo.
• O objeto da teologia evangélica é Deus na história de seus feitos como revelado a nós em Sua Palavra, pois Deus é quem Ele é em suas obras.
• A imanência de Deus deve ser entendida em sentido dialético com Sua transcendência, pois Deus não se manifesta em todos os lugares de maneira igual.
• Em Sua liberdade, Deus escolhe se revelar ao homem num local definido, distinto e específico.
• O testemunho e a auto-revelação de Deus tem o seu lugar na História de Israel e na encarnação de Cristo.
• Jesus é a chave para o conhecimento de Deus. Sem esta chave, embora Deus esteja presente no mundo numa diversidade de detalhes, é impossível conhecê-lo
• Os povos que tiveram acesso apenas a revelação geral aderiram ao politeísmo
• Curioso notar que, embora ambos os pontos de vista façam uso do método da Analogia do Ser da Teologia Natural, por fim, tenham chegado a conclusões tão antagônicas.


AVALIAÇÃO

• A forma como o tomismo apresenta a imutabilidade divina freqüentemente sugere um Deus que é completamente impassível, indiferente iceberg metafísico, que lida conosco numa via de mão única, onde meu amor ou falta de amor, minha salvação ou perdição, não fazem a menor diferença para ele.
• Mas, os teólogos do processo, em seu afã em defender a mutabilidade de Deus, têm pago um alto preço, tendo como resultado a crença num deus que é finito, impotente e dependente, mais merecedor de nossa pena do que de nossa adoração.
• Os teólogos do processo fazem Deus parecer ser pouco mais que um aspecto da realidade. Não ficando claro em que sentido Ele é um ser pessoal e ativo.
• Os teólogos do processo estão certos em criticar alguns ensinos de Tomás de Aquino, principalmente aqueles que apresentam Deus de forma fria, estática e impassível, isolado e sem real, dinâmico e significativo relacionamento com o mundo.
• As nossas próprias orações estariam também desprovidas de significado se não existisse um relacionamento real e interpessoal entre Deus e os homens.
• Portanto, não há que se duvidar que o Deus das Escrituras Sagradas é um Deus de amor e genuína compaixão.
• Estão certos em afirmar que o mundo tem significado para Deus (Jo 3.16)
• Mas, enquanto a Bíblia descreve Deus como estando envolvido com o mundo, ela também fala de Deus como existindo antes da criação, ressaltando seu “status” de independência.
• Como pode o Deus da Bíblia fazer promessas no caso de ser finito, não estando em condições de assegurar o cumprimento?
• Os teólogos do processo falam pouco sobre a cruz e reduzem Jesus a um bom exemplo
• No pensamento do processo, Deus é totalmente sujeito as vicissitudes de mudança, nada pode assegurar sua identidade.
• Qual razão, então, têm os cristãos hoje para acreditar que o Deus que eles adoram é o mesmo Deus adorado por Moisés e revelado por Jesus Cristo?
• O teísmo tradicional apela para o argumento de linguagem antropomórfica quando se depara com textos que contrariam sua visão preestabelecida de Deus, numa tentativa de esvaziar o significado do próprio texto.
• As metáforas não possuem valor para expressar a imagem de Deus? (Hb 1.1, ex: Oséias)
• Os teólogos do processo advogam a autoridade bíblica para aqueles textos que concordam com o seu ponto de vista, ignorando aqueles que lhe são contrários.


UMA PROPOSTA ALTERNATIVA

• Não estamos obrigados a ter que escolher entre o pacote de atributos do tomismo e o conceito panenteísta de Deus.
• Não devemos usar a Bíblia para defender nossas pressuposições, devemos permitir que a Bíblia fale por si mesma.
• Não devemos permitir que idéias preconcebidas distorçam nossa leitura das Escrituras
• Precisamos levar em consideração a cosmovisão dos receptáculos originais. A negligência deste princípio é perceptível tanto em Tomás de Aquino quanto na teologia do processo.
• Em muitos pontos, os ataques da teologia do processo contra o tomismo são justificados, mas isto não implica em abandonar a crença em cada um dos atributos de Deus defendidos por Aquino e aderir ao panenteísmo.
• Dentro do próprio teísmo existem variadas interpretações sobre os atributos de Deus.
• A fé bíblica afirma que o perfeito Deus inclui criativa interação que é consistente com Seu imutável caráter e propósito.
• Proponho o método, protestante por excelência (Sola Scriptura), da “Analogia da Fé”, que conclama que a Bíblia é o ponto de partida para o conhecimento de Deus, que se dá através de sua auto-revelação específica e objetiva na história de Israel e em Cristo. Pois Cristo é a medida de todas as coisas e não o homem! (Jo 1.14; Cl 1.15 e Hb 1.3)
• O movimento teológico tem sua direção de cima para baixo, baseado na soberania de Deus que é transcendente e livre, mas que em amor escolhe se revelar ao homem. Como ensinou Barth, “Deus é livre para nós através do Filho e, em nós, através do Espírito”. (Hb 1.1)
• “Ninguém pode lançar outro fundamento, além do que foi posto” (1 Co 2.11).


O Deus das Escrituras é um Deus pessoal, de amor compassivo e Sofredor.

• Não devemos reduzir o Senhor vivo, ativo e pessoal a um princípio impessoal e
estático
• Embora somente Deus tenha vida em Si mesmo, Ele tem outorgado vida a muitos
outros a fim de participar de relacionamentos pessoais com eles.
• Ter emoções é próprio de um ser pessoal.
• Estabelecer relacionamentos afetivos é próprio de um ser pessoal.
• Deus tem total domínio sobre suas emoções, não sofrendo, portanto, de nenhum
distúrbio emocional.
• Amar implica em ser afetado pelas ações e condições do ser amado.
• Amar sem emoções, simpatia e compaixão é uma contradição.
• Um amor frio e indiferente, desprovido de empatia, não é nada inspirador e não
encontra respaldo bíblico.
• Teofanias e metáforas não foram maneiras de Deus se revelar ao seu povo?
(Hb 1.1)
• Os profetas expressavam a Deus não apenas através de suas palavras, mas
também de suas vidas e sentimentos (Moisés, Isaías, Jeremias, Oséias…)
• Deus revela-se plenamente em Cristo (Jo 1.14; Cl 1.15 e Hb 1.3).


A BÍBLIA DESCONHECE UM DEUS ATEMPORAL

• A idéia de perfeição estática, imutável e atemporal não é de origem cristã, mas
grega
• Os verbos que descrevem Deus criando ou preservando, descrevem
atividades que contém uma inevitável dimensão temporal.
• A atividade de Deus deve estar no tempo, pois Deus não pode ser separado
de seu atos.
• Deus precisa estar no tempo para entendermos como pode sua ira durar apenas um instante
• Para entrar em real relacionamento.
• Os diálogos entre Deus e os profetas envolvendo promessas e juízos condicionais de Deus precisam ser levados a sério.
• Textos bíblicos que relatam Deus como estando incerto em relação a alguns eventos futuros precisam ser levados a sério (Am 5.15; Ex 32.30; Ez 12.1-3 e Jr
26.2-3)
• Textos que falam que o povo não agiu como Deus pensava que agiria precisam ser levados a sério:
• “E, depois de ela ter feito tudo isso, eu pensei que ela voltaria para mim, mas não voltou...” (Jr 3.7).
• Algo do futuro deve estar em aberto para que o homem seja livre
• Como um grande mestre de xadrez, a despeito dos lances do adversário, Deus conduz o jogo para sua vitória.
• Não poderia Deus autolimitar-se para experimentar novidade e estabelecer relacionamentos íntegros e reais com suas criaturas?
• Existem alegrias e muitas emoções nas explorações e descobertas humanas.
• O que é mais chato que assistir uma corrida inteira de fórmula 1 quando já se
sabe tudo que vai acontecer?


PAPEL DA ORAÇÃO

Papel das Orações e questões relativas a recompensas e juízos.

• Qual seria o papel da oração se tudo estivesse predeterminado?
• Coisas acontecem e deixam de acontecer devido a orações
• Deus é afetado positivamente por nossas orações feitas aqui na terra (1 Rs 8.12-66)
• Somos responsáveis por nossos atos. Nossos atos são significativos.
• A impiedade humana têm afetado a Deus, a ponto de desencadear o seu
juízo (Jr 4.23-28 e Jl 2.10).


DEUS PODE SE ARREPENDER?

• Deve-se procurar entender o que os autores do AT queriam dizer com o uso do verbo “arrepender” tendo Deus como sujeito.
• Derek Kidner, ao comentar Gn 6.618, diz que os autores do AT empregam as expressões mais ousadas, contrabalançadas em outros lugares, se necessário, mas não enfraquecidas.
• Exemplo: (1 Sm 15.29,35) onde o autor afirma primeiro que Deus não é homem para mentir e nem se arrepender, mas logo abaixo, diz que Deus se arrependeu de ter escolhido Saul para ser rei.
• O que ele queria comunicar é que nós podemos confiar em Deus e em sua promessas, pois Ele não mente e nem é instável.
• Já, no v. 35, vemos que Deus está decepcionado com Saul, pois não foi para se comportar daquele modo que Deus havia elegido Saul como rei.
• Deus estava decepcionado com Saul, arrependido de tê-lo elegido rei e estava fazendo algo a respeito, no caso, estava providenciando outro rei.
• Neste sentido, o arrependimento de Deus não deve ser entendido como um ato de alguém volúvel, mas como alguém que teve sua confiança traída.


“Deixemos de lado nossos pensamentos sobre Deus e permitamos que Deus e não os nossos pensamentos sobre Ele, determinem qual seja a verdade sobre Deus”
(Barth)


*Bispo José Ildo Swartele de Mello
Casado com Ana Cristina, pai de três filhos: Samuel, Daniel e Rafael, é também Professor de Teologia, Escatologia e Evangelização na Faculdade Metodista Livre. Formado em Bacharel pela Faculdade Metodista Livre, cursou Mestrado em Teologia na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e fez Doutorado em Ministério na Faculdade Teológica Sul Americana. Pastor desde 1986 (Cidade Ademar 86-88; Vila Guiomar 89; Vila Bonilha 90-97, Aeroporto 98-2004), serve atualmente como Pastor da Imel de Mirandópolis, como Bispo da Igreja Metodista Livre do Brasil e como presidente do Concílio Mundial de Bispos.
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Imagem: Bispo Ildo Mello


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