segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

SOBRE A CRIAÇÃO DO HOMEM CONFORME A IMAGEM DE DEUS


SOBRE A CRIAÇÃO DO HOMEM CONFORME A IMAGEM DE DEUS

Jacobus Arminius

Disputa nº 26

1. o homem é uma criatura de Deus, consistindo de corpo e alma racional, bom, e criado a imagem divina - em conformidade com o seu corpo, criado a partir de matéria pré-existente, isto é, terra misturada e espalhada com umidade aquosa e etérea, - em conformidade com a sua alma, criada a partir do nada, pela respiração de ar em suas narinas.
2. Mas o corpo teria sido incorruptível, e, pela graça de Deus, não teria sido suscetível á morte, se o homem não tivesse pecado, e não teria, por esse feito, proporcionado para si a necessidade de morrer. E porque devesse ser o recipiente para a alma, foi equipado pelo sábio Criador com excelentes órgãos
3. Mas a alma é de uma natureza inteiramente admirável se considerar sua origem, substância, faculdades e hábitos.
(1) Sua origem; a partir do nada, criada por infusão, e, infundida na criação à um corpo devidamente preparado para a sua recepção, podendo formar a matéria com uma forma, e, e sendo unida ao corpo pela ligação do nascimento, pôde, com ele, pode estabelecer com ele uma ufisamenon, produção. Criada, digo, por Deus no tempo, como ele ainda, diariamente, cria uma nova alma em cada corpo.
4. Sua substância é simples, material e imortal. Simples eu digo, não em relação a Deus, pois consiste em ato e potência ou capacidade, de ser e sua essência, de sujeito e acidentes, mais é simples em relação as coisas materiais e compostas. É imaterial, porque ela pode subsistir por si só, e quando separada do corpo, pode operar sozinha. É imortal, não certamente de si, mas pelo sustento da graça de Deus..
5. Suas faculdades são duas, o entendimento e a vontade, como de fato, o objeto e a alma são duplos. Para o entendimento apreender a eternidade, a verdade universal e particular, por um natural e necessário, ademais, por um ato uniforme. Mas a vontade tem uma inclinação para o bem. No entanto, esta é também, segundo o modo de sua natureza, para o bem universal e para aquele
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que é o Bem principal, ou, de acordo com o modo da liberdade, a todos os outros [tipos de] bem.
6. Finalmente. Em seus costumes que são, primeiro, a sabedoria, pelo qual o intelecto de forma clara e suficientemente entende a verdade sobrenatural da bondade assim como da felicidade e da justiça. Em segundo lugar, Justiça e santidade da verdade, porque a vontade capacitada para seguir o que esta sabedoria ordenou que se fizesse e que ele mostrou que se desejasse. Essa justiça e sabedoria são chamadas de original, porque o homem as teve desde sua própria origem, e se o homem tivesse continuado na sua integridade, igualmente teria sido comunicado a sua posteridade.
7. Em todas essas coisas, a imagem de Deus maravilhosamente brilhou. Nós dizemos que essa é a imagem pela qual se assemelhou a seu Criador, e manifestou-se conforme o modo de sua capacidade -em sua alma, de acordo com a sua substância, faculdades e hábitos - no corpo,embora isso não possa ser adequadamente dito, ter sido criado a imagem de Deus que é puro espírito, e algo divino, assim como, se o homem não tivesse pecado, o seu corpo nunca teria morrido, e porque é capaz de distinta incorruptibilidade e glória, da qual trata o apóstolo em 1 Coríntios 15, porque apresenta alguma excelência e majestade para além dos corpos de outros seres vivos, e, por último, porque é um instrumento bem equipado, para as ações e operações admiráveis - em toda a sua pessoa, de acordo com a excelência, integralidade, e o domínio sobre o resto das criaturas, a quais foram confiadas a ele.
8. As partes dessa imagem podem ser assim distinguidas: algumas podem ser chamadas de natural ao homem, e outras sobrenatural; algumas essenciais, e outras acidentais. É natural e essencial para uma alma ser um espírito, e de ser dotado do poder de compreensão e de vontade, tanto de acordo com a natureza e o modo de liberdade. Mas o conhecimento de Deus e das coisas relacionadas a salvação eterna, é sobrenatural e acidental, como o são igualmente a retidão e a santidade da vontade, de acordo com esse conhecimento. A imortalidade é medida essencial para a alma, que não pode morrer se não deixar de ser, mas é por esse motivo sobrenatural e acidental, porque é através da graça e da ajuda da sua preservação, que Deus não fica confinado a prover a alma..
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9. Mas a imortabilidade é inteiramente sobrenatural e acidental, pois ela pode ser retirada do corpo, e o corpo pode retornar ao pó, de onde foi tirado. Sua excelência acima de outros seres vivos, e sua peculiar aptidão para produzir vários efeitos, são naturais a ele e essencial. Seu domínio sobre todas as criaturas, que pertence a todo o homem, como ser constituido de corpo e alma, pode em parte, ser considerado como pertencentes a ele, de acordo com a excelência de sua natureza, e, em parte, pelo dom da graça, da qual o domínio, parece ser uma evidência, que nunca é inteiramente tomada fora da alma, apesar de variada, e de ser aumentada e diminuida de acordo com graus e partes.
10. Assim o homem foi criado, para que pudesse conhecer, amar e adorar o seu Criador, e poderia viver com ele para sempre em estado de bem-aventurança. Por este ato de criação, Deus claramente manifestou a glória de sua sabedoria, bondade e poder.
11. A partir desta descrição do homem, ao que parece, ele é servido para realizar o ato de religião a Deus, pois tal ato é exigido dele - que ele é apto para a recompensa, que pode ser devidamente julgada para aqueles que executam [atos de] a religião de Deus, e de punição, que pode ser justamente impostas aqueles que inflingiram a religião por negligência, e, portanto, que a religião pode, através de um merecido direito, exigir do homem, de acordo com essa relação, e está é a relação principal, de acordo com o que devemos, na sagrada teologia, tratar sobre a criação do homem conforme a imagem de Deus.
12. Além desta imagem de Deus, e essa referência para as coisas sobrenaturais e espirituais, esta sob nossa consideração o estado da vida natural em que o primeiro homem foi criado e constituido de acordo com o apóstolo Paulo,
"o que é natural foi primeiro, e posteriormente o que é espiritual" (1Co 15.46).
Este estado é fundado na união natural do corpo e da alma e na vida que a alma vive naturalmente no corpo; de que união e vida é que alma obtém para o seu corpo, coisas que são boas para ele, e, por outro lado, o corpo está pronta paras as obras que são congruentes a sua natureza e desejos. De acordo com este estado ou condição, existe uma relação mútua entre o homem e as coisas boas deste mundo, cujo efeito
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é que o o homem pode desejar-lhes, e, em obtê-los para si, pode outorgar as obras que considere necessárias e convenientes.

Obs: Podemos observar neste texto, que Jacobus Arminius, a exemplo dos teólogos e filósofos escoláticos como Maimônedes e Tomás de Aquino, se apropriava da linguagem e dos conceitos aristotélicos. Diferentemente de Calvino que seguia a tradição platônica/agostiniana.
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Tradução e comentário adicional: Lailson Castanha

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Luis de Molina e o Molinismo

Molinismo é uma doutrina teológica desenvolvida pelo Jesuíta Luis de Molina, nascido em Cuenca na Espanha em setembro de 1535 e falecido em Madrid no dia 12 de outubro de 1600. Molina tornou-se um jesuíta da Universidade de Coimbra, do Porto. (1553), onde estudou Filosofia e Teologia (1554-62). Lecionou em Coimbra (1563-67) e em Évora (1568-83) onde passou seus últimos anos de escrita. Escreveu as obras: Concordia liberi arbitrii cum gratiae donis (1588-89; "A Harmonia do livre-arbítrio com dons de graça"); divina Praescientia, Providentia e praedestiatione et Reprobatione; em Commentaria partem primam divi Thomae (1592; "Comentário sobre a primeira parte [da Summa de] St. Thomas "), e de jure et Justitia, 6 vol. (1593-1609; "Na Lei e Justiça"). Sua doutrina visa conciliar a onisciência de Deus com o livre arbítrio humano. Willian Lane Craig é, provavelmente o seu defensor contemporâneo mais conhecido, embora existam outros molinistas importantes como Terrance Tiessen, Alvin Platinga e Thomas Flint. Em termos básicos, os molinistas sustentam que, além de saber tudo o que irá acontecer, Deus também sabe o que aconteceria, se Ele, ou qualquer ser agisse de forma diferente de suas ações feitas.

Categorias do conhecimento de Deus.

A partir de Luis de Molina, o molinismo divide o conhecimento de Deus em três categorias distintas. A primeira é o conhecimente de Deus referente as verdades necessárias. Estas verdade são independentes da vontade ativa de Deus, não podendo ser falsas. Para servir de exemplo, podemos incluir proposições como: "Todos os solteiros não são casados" ou "X não pode ser A e não ser ao mesmo tempo, sob o mesmo aspecto, na mesmo forma e no mesmo lugar".
O segundo tipo de conhecimento é o conhecimento gratuito de Deus. Este tipo de conhecimento consiste de verdades contingentes que dependem da vontade de Deus, ou verdades que Deus causa, que ele não tem que causar. Podemos incluir como exemplo, declarações como: "Deus criou a Terra" ou citar algo especial neste mundo que Deus tem concretizado.
O terceiro tipo de conhecimento é o da "ciência média" (mídia scientia) que descreve as coisas que são contingentemente verdadeiras, mas que são independentes da vontade de Deus. O conhecimento médio, ou a ciência média, é o termo que se relaciona com o conhecimento eterno de Deus, a respeito de todas as possíveis ações em relação a todos os possíveis acontecimentos que poderiam lhes ocorrerem. Estas são as verdades que não necessitam serem verdades, mas que são verdadeiras, sem ser Deus a causa primária delas. "Se eu tivesse tomado o trem ao invés de dirigir, eu não teria me atrasado para o trabalho". Não tomei o trem, então Deus não está envolvido como causa. Não é uma necessidade lógica o trem ser a melhor opção, portanto se é verdade, é contingente. Neste caso, o molinismo se apóia na seguinte afirmação de Jesus escrita em Mt 11. 23:
"E você Cafarnaum, você que se exalta para o céu? Você será levada ao Hades. Pois se os milagres feitos em ti, tivessem tido feitos em Sodoma, ela teria permanecido até hoje."
O molinismo alega que neste exemplo, Deus sabe o que é contingentemente verdadeiro e independente da sua livre vontade, ou seja, que os sodomitas teriam respondido de forma tal, que Sodoma ainda existiria no tempo de Jesus.
Mateus 11.23 contém o que é comumente chamado de liberdade contrafatual da criatura. Mas contrafatuias devem ser distinguidas de presciência. A Bíblia contém vários exemplos de presciência ou profecia, como Dt 31. 16-17, onde Deus diz a Moisés que os Israelitas abandonarão a Deus depois de serem libertados do Egito, ou em 1Sm 23.1-14 e Sabedoria de Salomão 4.1.
Alguns opositores da posição do molinismo defendem que em Deus pré-conhecimento e conhecimeto de contrafatuais são exemplo do que Deus vai trazer ativamente. Isto é: quando Cristo descreve a resposta dos sodomitas no exemplo acima, Deus iria ativamente fazer com que eles permanecessem até hoje. Quanto a essa objeção, os molinistas respondem observando que as Escrituras contèm exemplos da presciência de Deus em relação a atos malignos. Por exemplo, quando os israelitas abandonam a Deus, ou a negação de Cristo por parte de Pedro, são exemplo a que se chamaria atos explícitos de pecado. Obviamente, isto é uma falácia, segundo os molinistas. Para que esta descrição da profecia possa ser válida, todas as profecias devem ser inteiramente boas, e nunca conter atos de maldade, mas isto não é o que os opositores acreditam ser o caso.
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Conhecimento de contrafatuais.
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Os molinistas acreditam que Deus não só tem conhecimento das verdades necessárias e verdades contingentes, mas que a ciência média que Deus contém, não está limitada a seu conhecimento de contrafatuais. Uma assertiva contrafatual é uma afirmação da forma "se fosse o caso de P, seria o caso de Q." Ou, Se Bob estivesse no Taiti ele iria escolher livremente ir nadar em vez de tomar banhos de sol". Em relação a ilustração, os molinistas declarariam que, mesmo Bob não estando no Taiti, Deus ainda pode saber se ele iria nadar ou tomar banhos de sol. O molinismo acredita que Deus, usando sua ciência média e presciência, examinou todos os mundos possíveis e, em seguida atualizou/atualiza um particular. O conhecimento médio de Deus de contrafatuais joga uma parte integrante desta escolha em um mundo particular.
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Molinistas dizem que a ordenação lógica para a criação de eventos seria a seguinte:
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1. Conhecimento de Deus de verdades necessárias.
2. Conhecimento médio de Deus ou ciência média (incluindo os contrafatuais)
- criação do mundo -
3. Conhecimento livre de Deus (ontologia do mundo real)
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Portanto a ciência média de Deus, o seu conhecimento médio, desempenha um papel importante na atualização do mundo. Na verdade, parece, como se o conhecimento médio de Deus contrafatuais desempenhasse um papel mais imediato na criação do conhecimento de Deus.
A colocação do conhecimento médio de Deus (ciência média) entre o conhecimento de Deus de verdades necessárias e o seu decreto criador, é crucial. Pois se o conhecimento de Deus era médio após o seu decreto da criação, então, Deus estaria causando ativamente o que as várias criaturas fariam, em várias circunstãncias, e, assim, estaria destruindo o livre arbítrio. Mas colocando o conhecimento médio, (e, assim, contrafatuais), antes do decreto da criação, Deus permite a liberdade, no sentido do livre arbítrio. A colocação do conhecimento médio, vem logicamente depois das verdades necessárias; mas antes do decreto da criação Deus também dá a possibilidade do levantamento dos mundos possíveis, decidindo qual mundo irá realizar.
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Implicações teológicas.
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O sistema do molinismo tem implicaçoes teológicas para uma variedade de doutrinas. No molinismo, Deus mantém uma medida da providência divina sem prejudicar a liberdade do homem (livre-arbítrio metafísico). Tendo Deus o conhecimento médio, Ele sabe o que um agente vai fazer livremente em uma situação particular. Assim, um agente quando colocado em circunstância C , terá a opção de escolher livremente o X sobre a opção Y . Assim, se Deus quis realizar X, tudo o que Deus faria é: usando o seu conhecimento médio atualizaria o mundo em que um elemento foi colocado em C, por conseguinte, A iria livremente escolher X. Deus retém um elemento da providência sem anular uma decisão, e o propósito divino para (realização de X) é cumprido.
Molinistas também acreditam que podem auxiliar na compreensão da salvação. desde que houve um debate entre Agostinho e Pelágio sobre a questão da salvação, mais especificamente, como Deus pode eleger os crentes e os crentes ainda irem a Deus livremente. Protestantes que se inclinam mais para a eleição de Deus, no aspecto de sua soberania são geralmente calvinistas, enquanto aqueles que acentuam o livre arbítrio do homem e a graça previniente, são chamados arminianos. No entanto, o molinismo pode abarcar tanto a soberania de Deus, como a liberdade de escolha do homem.
Tome a salvação do agente A. Deus sabe que se ele fosse para um lugar de circunstância C, então A iria livrimente crer em Cristo. Então Deus atualiza o mundo onde ocorre C, e, destarte, A livremente crê. Deus ainda mantém uma medida de sua providência divina, porque ele atualiza o mundo em que A escolhe livremente. Mas, ainda assim mantém o seu livre arbítrio. É importante destacar que o molinismo não afirma duas proposições contraditórias quando afirma a providência de Deus e liberdade do homem (livre arbítrio). A providência de Deus se estende para a atualização do mundo em que um agente pode acreditar em Cristo.
O molinismo destoa do calvinismo, em sua afirmação que Deus concede a salvação, mas o homem tem a possibillidade de livremente, aceitá-la ou rejeitá-la. Isso difere da predestinação calvinista, que afirma que sua salvação já está determinada por Deus, sem nenhum papel para a vontade individual do homem. Alguns críticos, por ignorarem a teologia arminiana, e sua consideração a soberania de Deus, também acreditam que o molinismo se distancia do arminianismo, por ter uma maior visão do papel da soberania de Deus na salvação.
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Textos bíblicos basilares do molinismo.
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Os molinistas defendem que sua posição é bíblica. Algumas passagens bíblicas são por eles destacados para fundamentar a idéia do conhecimento médio de Deus (mídia scientia). Molina já havia destacado os três seguintes textos: 1Sm 23.6-10; Pv 4.11; e Mt 11.23. Outras passagen susadas pelos molinistas são: Jr 38. 17-18 e 1Co 2.8. O filósofo norte americano Willian Lane Craig argumentou veementemente que muitas das declarações de Cristo parecem indicar o conhecimento médio. Craig cita as seguintes passagens: Mt 17,27; Jo 15.22-24; Lc 4. 24-46; Mt 26. 24. Portanto, convém notar que a maioria destes textos indicam que Deus tem conhecimento contrafatual. Para que esse conhecimento seja conhecimento médio, deve ser logicamente anterior ao conhecimento gratuito de Deus, coisa que os textos bíblicos mencionados não parecem afirmar ou negar.
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Crítica.
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A objeção ao fundamento do molinismo, é atualmente a objeção contraposta mais debatida e atualmente considerada a mais forte. O argumento afirma que não há nenhuma base metafísica para a veracidade dos contratuais para a liberdade da criatura. Não existem produtores de "verdade" que fundamente os contrafatuais. Os opositires afirmam sobre a "ciência média" que os antecedentes histórico de qualquer mundo possível não determinam a veracidade de um contrafatual para uma criatura com o seu livre arbítrio (naturalmente os molinistas aceitam isso, mas negam que isso implica, ausência nos contrafatuais da criatura livre, de valores de verdade.
Muitos filósofos e teólogos que abraçam a objeção ao fundamento preferem a alegação que ao invés de contrafatuais de liberdade serem verdades, contrafatuais prováveis são veradeiros. Assim, em vez de verdades do seguinte tipo: Deus sabe que em circunstância C a criatura X livremente fará A -, adota este modelo: Deus conhece verdades dessa sorte: "Deus sabe que em circunstência C, a criatura X provavelmente faria A". No entanto, como Edward Wierenga salientou, contrafatuais prováveis são verdades contingentes e também caem vitimas da mesma objeção fundamental.
Os molinistas respondem ao argumento acima de duas maneiras. Primeiro eles afirmam que há fortes razões teológicas e filosóficas para afirmar o molinismo, e se os atuais métodos epstemológicos não se alinharem, então, eles deve ser reformulados.
Os molinistas são muito mais seguros da doutrina do conhecimento médio, do que da teoria particular da verdade feita.
A segunda resposta é que, o que faz os contrafatuais da criatura verdadeiramente livre, é o que faz qualquer outra coisa verdadeira. Willian Lane Craig diz que, para um contrafatual de liberdade ser verdade, não é necessário que os acontecimento que se referem realmente existam, tudo o que é necessário é que eles existam sob as condições especificadas.
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Conclusão
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O Molinismo conduziu uma séria luta teológica entre os dominicanos e os jesuítas por mais de três séculos. Assembléias especiais em Roma (1598-1607) e outros esforços para apaziguar os dois lados falharam. Molina em seu “Concordia” visou uma concepção unificada da justiça e da misericórdia divina, presciência e orientação divina, da predestinação e da condenação, da graça e da liberdade humana. O significado de sua teoria reside na sua visão otimista da natureza humana, permitindo a possibilidade da graça suficiente, ou seja, um favorável parecer pela efetividade da graça, que se efetiva na harmoniza entre a soberania de Deus no acordo e recepção do homem em sua liberdade.
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Tradução e adptação: Lailson Castanha.
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