sábado, 24 de janeiro de 2009

Ressalva arminiana.

Abrir mais páginas que tratam da controvérsia arminio-calvinista, parece ser uma daquelas fúteis e redundantes tarefas. O fato de se ter essa impressão, dá-se pelo imenso volume de divergências que esse assunto produziu no decorrer dos tempos. Devido a esse histórico, tendemos a tratar com desdém qualquer nova tentativa de abordar a questão controversa, especificamente quando a abordagem é direcionada ao Arminianismo de Jacobus Arminius. Quando vemos na web, assuntos direcionados ao sistema teológico desenvolvido por Armínio, vemos uma explícita repulsa pela maioria dos crentes que articulam suas idéias em sites, blogs, fóruns e afins. Sabemos, que este asco teológico, antiarminiano, não nasceu de uma pura tendência biblicista por parte desses refutadores, trata-se de uma safra projetada por tradicionais denominções, editoras e pensadores protestantes, que, beneficiadas pelo prestígio advindo do pioneirismo instintucional, introduziram de forma exaustiva uma mentalidade contrária à teologia arminina. Podemos afirmar, que o antiarminianismo, não é uma reação pró-bliblica, mas uma reação pró instituição.
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Conversando com quase todos os refutadores, percebemos com muita clareza, o influxo das idéias calvinistas, idéias essas, semeadas pelas já citadas instituições, engajadas em difundir o calvinismo. Com a força influenciativa, que o pioneirismo lhes proporcionou, essas instituições conseguiram influenciar, através de investimentos literários, boa parte dos crentes interessados em teologia, coisa essa, não desenvolvida pela ala arminiana, mais nova, sem a força proporcionada pela vanguarda e, em sua maioria oriunda de classes mais pobres e incultas. Esse histórico – é uma peculiaridade sul-americana, a força calvinista na Europa se deu por outros fatores que comentaremos em outra ocasião. Ademais, tanto na Europa como nas Américas, toda a rejeição ao arminianismo não se baseia e nem se baseou propriamente na Bíblia, mas numa tradição que tem como pilares os primeiros reformadores, principalmente Calvino, sínodos, concílios e confissões, em suma, convenções humanas. Quando esses grupos rejeitam uma corrente teológica distinta do calvinismo, vemos que a base por eles indicada como centro é, antes das escrituras em-si, e, por-si, os pilares do calvinismo, seus mestres e doutores.Temos aqui o intuito de apresentar o arminianismo clássico, sem as interpretações falaciosas de teólogos e adeptos, que atacam o sistema arminiano, apresentando um sistema caricato que não conduz com as reais asserções arminianas.
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Apresentar o arminianismo de Arminio e suas vertentes, é a nossa intenção – longe das caricaturas imprimidas pelos indispostos adeptos do ostensivo "neocalvinismo" ou, como ostentam, “reformados”.
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Lailson Castanha

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