sábado, 24 de janeiro de 2009

Idéias bíblicas que corroboram o arminianismo.


Podemos facilmente encontrar na Bíblia várias idéias que corroboram os enunciados de Arminio, contra a realidade imposta e fatalista, e também de sua crença na existência do livre-arbítrio humano. Adrede, observarmos nas Escrituras, as seguintes idéias:
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Deus como juiz – revelando-nos a existência da condicionalidade em relação à salvação ou punição.
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Advertências - destacando a necessidade do esforço humano para se manter em pé.
Ira de Deus - indicando que o homem pode resistir e seguir caminhos contraditórios à sua vontade
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Resistência do homem – deixando clara a idéia do livre arbítrio.
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A primeira idéia que destaco, reside no fato de Deus ser juiz e conseqüentemente executar juízo. Se não existe livre-arbítrio humano, porque Deus julgará o homem? Se a interpretação sobre os vasos para honra e para desonra endossa o pressuposto que Deus na sua inquestionável soberania preparou pessoas para receberem sua graça e outras para a condenação, por que existem tantas advertências endereçadas aos santos como: "vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da "(Mc.13.35); ou, "aquele que está em pé cuide para que não caia"(1Co.10.12), "guarda o que tens para que ninguém tome a tua coroa"(Ap.3.11); ou que sentido faz a "ira de Deus" sendo que Ele mesmo na sua inquestionável vontade direcionou a nossa sorte!? Qual a explicação para a parábola da "Grande Ceia" onde está gravada a máxima: "muitos são chamados, mas poucos os escolhidos?” A lógica do livre-arbítrio ganha corpo em textos como: "Quantas vezes eu quis reunir os teus filhos como a galinha ajunta os pintos e tu não quiseste” (Mt.23.37), ou no texto de Ezequiel 18.23, "Acaso tenho Eu prazer na morte do perverso?-diz o Senhor; não desejo eu, antes que ele se converta de seus caminhos e viva" -"homens de dura cerviz vós sempre resistis ao Espírito Santo"(AT.7.52), dos vários textos encontrados, citei apenas alguns. Estas citações bíblicas, além de endossar a idéia do livre-arbítrio, mostram-nos um Deus compassivo, que busca o homem por amor, sem nunca forçá-lo, esperando que o tal a partir de seu convite e da aceitação de sua santa influência se arrependa de seus pecados e se volte a ele voluntariamente aceitando assim a Sua Santa Intervenção (Jo.3.16).
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Lailson Castanha

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